Líderes da União Europeia disseram nesta terça-feira, 1, que a China precisa apresentar detalhes da proposta de redução de emissão de gases-estufa, oferecendo condições proporcionais ao seu status de maior emissor do mundo. A proposta chinesa não segue o padrão global de redução porque as emissões no país continuarão crescendo, porém em ritmo mais lento.
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Na semana passada, o governo chinês prometeu reduzir para quase metade a emissão de gases poluentes para cada unidade do seu Produto Interno Bruto (PIB). Foi uma proposta voluntária expressiva apresentada um dia após o presidente dos EUA, Barack Obama, assumir o compromisso de que seu país colocaria na mesa da cúpula da ONU sobre o clima, em Copenhague, uma meta substancial de corte de emissão.
Durante encontro com o presidente da China, Hu Jintao, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, disse que a Europa quer analisar os números da proposta e descobrir o quanto os planos dos chineses, ao serem colocados em prática, "afetarão a economia com as mudanças no padrão de emissão dos gases".
Reinfeldt disse que a China tem capacidade de substituir as usinas de carvão, responsáveis pela maior parte de emissão de gases-estufa no país, por fontes de energias renováveis e energia nuclear.
Os anúncios de Pequim e Washington representam um importante passo para a elaboração de um tratado global, que poderá ser alcançado na cúpula da ONU sobre o clima de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague.
O presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, havia declarado que a proposta da China 'era bem vinda' e exigiu que os países desenvolvidos liderem o processo de redução de emissões de gases poluentes. "Nós só temos um planeta e existe uma responsabilidade que é dividida entre todos os países, mas certamente com níveis diferentes de contribuição", disse Barroso.