WASHINGTON - 2014 não somente foi o ano mais quente no registro histórico como teve alterações em diversos outros indicadores que mostram que os efeitos das mudanças climáticas estão aumentando.
É o que mostra a nova edição do relatório Estado do Clima em 2014, compilado pela Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estaos Unidos, na sigla em inglês) e divulgado nesta quinta-feira, 16.
O texto destaca os impactos aos oceanos. No ano passado, a temperatura da superfície dos oceanos (até 700 metros de profundidade) foi a mais quente em 135 anos de registros. Isso se mede pela quantidade de energia retida pelos mares. Algumas áreas, como a costa leste da América do Norte (Atlântico Norte), chegaram a reter até 3 gigajoules/m² de energia a mais no ano passado do que a média observada entre 1993 e 2014.
De acordo com Greg Johnson, da Noaa, cerca de 93% do calor gerado pela queima de combustíveis pelo homem foi absorvido pelos oceanos. E essa energia capturada pelos mares afeta o clima de várias maneiras, como ao promover mais combustível para os ciclones tropicais.
Mais energia significa expansão do oceano (como ocorre quando a água é fervida na chaleira). Desse modo, o nível do mar também subiu mais 3,2 mm, chegando ao maior nível da história.
O relatório de 292 páginas é fruto do trabalho de mais de 400 cientistas. /AP