Tecnologia limpa gera receita recorde em 2008; perspectiva é boa

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Por Redação
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As energias solar e eólica e a biotecnologia renderam lucros recordes no ano passado e prometem excelentes resultados no futuro, mas primeiro as companhias que as exploram precisam sobreviver à crise financeira mundial, informou um estudo divulgado nesta terça-feira. O relatório Clean Edge afirmou que as receitas globais das três principais tecnologias limpas subiram para 115,9 bilhões de dólares em 2008, ante lucro anterior de 75,8 bilhões. Entretanto, não se deve esperar uma performance tão robusta neste ano. "Vemos crescimento a longo prazo, mas em 2009 também vamos ficar estáveis ou ver uma queda nas receitas. 2009 é um ano para sobreviver", afirmou Ron Pernick, um dos três autores do relatório "Tendências da Energia Limpa 2009". O número de empregos relacionados à tecnologia limpa subirá para 2,6 milhões em 2018, em comparação com 600.000 do último ano, segundo o relatório. A partir de agora, o programa de estímulo do governo norte-americano irá ajudar o setor, com mais de 70 bilhões de dólares em gastos diretos e créditos fiscais. Desse total, 4,5 bilhões serão investidos para melhorar o alcance e a comunicação de "redes inteligentes", que têm o objetivo de economizar energia e incentivar as pessoas a lidarem melhor com o seu consumo. Companhias que lidam com tal tecnologia têm sido ajudadas por empresários de investimentos de risco, que gastaram 3,35 bilhões de dólares com tecnologia limpa no ano passado. As energias solar e eólica requerem melhores redes para transportar a eletricidade de áreas pouco povoadas para os consumidores, e o pacote de estímulo dos EUA prevê 17 bilhões de dólares para esse fim. Novas linhas de transmissão estão sendo feitas no Texas, Michigan, Dakotas do Sul e do Norte e em Iowa. Na Europa, a irlandesa Imera Power está gastando 5,6 bilhões de dólares para enviar a energia eólica produzida na costa para os mercados consumidores da Grã-Bretanha, Irlanda, França, Bélgica e Alemanha. Como às vezes os ventos não sopram e o sol não brilha tanto, é preciso estocar. Uma bateria de alta capacidade de 1 megawatt feita pela japonesa NGK Insulators está sendo testada no oeste de Minnesota. Uma segunda solução é estocar calor em vez de eletricidade. As empresas SkyFuel, SolarReserve, Abengoa Solar e Andasol estão construindo usinas de sal fundido para guardar o calor e usar em turbinas de vapor, "objetivando aproveitar a vantagem física de ser mais fácil armazenar calor do que elétrons", informou o documento . (Por David Lawsky)

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