O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), o painel de clima da Organização das Nações Unidas (ONU), criou quatro projeções diferentes para mostrar o que ocorreria com o Planeta em diferentes cenários – do otimista ao pessimista. São os chamados “Caminhos Representativos de Concentração”, ou RCP, na sigla em inglês. Cada cenário considera o histórico evolutivo de diversos fatores, como emissão de gases, concentração de gases de efeito estufa, e informações de tipo de cobertura terrestre, para as projeções.
Os RCPs (caminhos representativos de concentração) são calculados com base no número de reflexão de radiação, ou seja, a capacidade de dissipar calor em cada um dos cenários. A escala de projeções vai de 2,6 (cenário otimista) a 8.5 (cenário pessimista). O cenário atual é de 2.2, logo, se o pico chegasse a 2.6, seria um futuro razoável.
Veja o que aconteceria em cada cenário projetado pelo IPCC:
RCP 2.6: Neste cenário, o mais otimista, o crescimento da radiação atingiria seu pico no meio do século e depois recuaria.
RCP 4.5 e 6.0: Nestes dois casos haveria uma estabilidade. A diferença entre eles é que no RCP 4.5 o aumento de radiação se estabilizaria antes de 2100, enquanto no segundo cenário essa estabilidade ocorreria apenas em 2100. Em ambos os casos a estabilidade seria pela diminuição na emissão de gases de efeito estufa. O valor, nesse caso, dobraria no cenário equilibrado melhor e triplicaria no equilibrado pior.
RCP 8.5: No cenário pessimista, o aumento no valor de radiação seria quatro vezes maior. Mais preocupante de todos os casos, ele se caracterizaria pelo aumento constante na taxa de radiação provocada pelo crescimento na emissão de gases de efeito estufa e em uma maior concentração.