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Rastro de excremento detectado por satélite denuncia pinguins

Este grupo de cientistas examinou a costa da Antártida por meio das imagens e localizou 38 colônias

Por EFE
Atualização:

Um grupo de cientistas britânicos conseguiu localizar as colônias de pinguins-imperadores que vivem na Antártida graças às imagens de seus excrementos captadas por um satélite a partir do espaço, em descoberta que foi publicada hoje na revista Global Ecology and Biogeography.

 

Este grupo de cientistas examinou a costa da Antártida por meio das imagens e localizou 38 colônias de pinguins-imperador, dez delas novas.

 

Das colônias já conhecidas, seis mudaram de localização e outras seis não foram encontradas.

 

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Estas colônias não localizadas se encontravam a uma latitude similar à da zona analisada. Tal dado sugere que a mudança climática pode estar pondo em risco a presença de pinguins-imperadores no continente antártico.

 

"Nós não podemos ver os pinguins nos mapas do satélite porque a resolução não é suficientemente boa. Entretanto, durante o período de reprodução, permanecem em colônias. O gelo fica mais sujo e o que podemos ver são as manchas de excremento", explicou Peter Fretwell, membro do grupo de cientistas.

 

Os pinguins-imperadores passam boa parte de suas vidas no mar, mas durante o inverno da Antártida, quando as temperaturas ficam abaixo de -50°C, as aves retornam ao gelo para o período de reprodução.

 

No entanto, este é justamente o momento em que os cientistas tinham mais dificuldades de localizá-los.

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"É uma novidade muito importante. Agora sabemos exatamente onde estão os pinguins. O próximo passo será contar os membros de cada colônia e ter uma ideia muito mais aproximada de quantos animais há", declarou o pesquisador Phil Trathan.

 

O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da mudança climática nestes animais, uma questão que preocupa especialistas, já que o aquecimento do planeta está provocando uma diminuição da quantidade de gelo na Antártida.

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