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Projeto Tamar recupera 3 espécies de tartarugas marinhas

A um mês de comemorar 28 anos, projeto celebra a marca de 9 milhões de filhotes de tartaruga protegidos

Por Efe
Atualização:

A um mês do Projeto Tamar completar 28 anos, o Brasil celebra a recuperação de três espécies em perigo de extinção. O projeto, que tem como foco a conservação das espécies de tartarugas marinhas, fez com que as espécies em perigo de extinção tivessem suas populações aumentadas significativamente nos últimos anos. Em um ato público na Praia do Forte, sede do projeto, o Tamar comemorou a marca de 9 milhões de filhotes de tartaruga protegidos desde o seu nascimento.   "A confiança no projeto e o apóio à população local e às instituições", unido à adoção de leis que proíbem a caça de tartarugas e captura de ovos, pesca e o uso do casco do animal para a produção de artesanato são as chaves do sucesso do projeto, segundo o oceanógrafo Guy Marcovaldi, oceanógrafo e coordenador do Tamar.   Os dados obtidos através da monitoração, durante quinze anos, das tendências populacionais das tartarugas marinhas demonstram que a quantidade de tartarugas que chegam anualmente às costas do País para desovar aumentou significativamente. Algumas espécies chegaram a ter a população aumentada em quinze vezes.   Para Marcovaldi, os números apontam "a grande vitória da natureza", apesar de ainda faltar muito a ser feito. O coordenador do projeto afirma, ainda, que mesmo com a recuperação de algumas espécies, as tartarugas marinhas ainda correm risco de extinção na costa brasileira. Das cinco espécies presentes na costa do País, ainda estão em perigo a Chelonia mydas e a Dermochelys coriacea, a maior de todas, que pode chegar a 700 kg.   "A luta tem que continuar, já que as ameaças continuam e o perigo é grande. Como embaixadoras do mar, as tartarugas levam ao mundo a bandeira da conservação marinha, a mensagem de vida", segundo informe especial do Projeto Tamar de dezembro.   A ocupação desordenada do litoral brasileiro, a contaminação da água dos oceanos e a pesca são os principais riscos às espécies de tartarugas. Especialistas advertem que, hoje, a pesca é a principal ameaça ao animal, já que as tartarugas também ficam presas em redes, onde morrem asfixiadas.   No projeto, as tartarugas são marcadas e registradas por especialistas que recolhem amostras de sangue e tecidos dos animais para estudos genéticos. No total, o projeto conta com 1.300 trabalhadores e colaboradores, em sua maioria selecionados entre os habitantes das comunidades costeiras.

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