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Pará lidera aumento do desmatamento na Amazônia em julho

Área devastada da floresta aumenta duas vezes e meia na comparação com o mesmo mês do ano passado

Por Solange Spigliatti e da Central de Notícias
Atualização:

O Relatório do Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado nesta terça-feira, 1, revelou que 836 km² de área da Amazônia foi desmatada no mês de julho. Deste total, 577 km² foram registrados no Pará e 124 km², no Mato Grosso. A área desmatada é um pouco maior do que a cidade de Campinas.

Na comparação com julho do ano passado, o desmatamento aumentou. Na época, o Inpe detectou 323 km² de floresta devastada, com 81% da área coberta por satélite visível. Isto representa um aumento de 258% em 12 meses. Em junho, com 67% da área observada livre de nuvens, o Inpe registrou desmatamento em 578 km² de floresta. Na comparação mensal, a elevação é de 144%. Neste ano, a floresta já perdeu 1958 km² de área. De acordo com o balanço, os Estados do Amazonas, Maranhão e Rondônia apresentaram respectivamente 47 km², 38 km² e 35 km² de áreas desmatadas, enquanto os demais Estados não tiveram desmate significativo em julho, mês em que a baixa ocorrência de nuvens na Amazônia permitiu a observação de 77% da região. Os dados do Deter mostram que 95% dos alertas de julho foram confirmados como desmatamento e outros 85% dos alertas foram classificados como corte raso e apenas 10% como floresta degradada (sendo 6% degradação de alta intensidade e 4% de intensidade moderada e leve).

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