O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uniu-se a outros líderes mundiais nesta quarta-feira, 8, ao apoiar novas metas para o combate ao aquecimento global, uma atitude que a Casa Branca, sob George W. Bush, recusava-se a adotar.
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Representantes do governo dos EUA confirmam que Obama concordou com uma linguagem, na declaração final da reunião das oito maiores economias industriais do mundo, o G8, que apoia a meta de impedir que a temperatura global suba mais que 2º C. Não está claro, porém, como essa meta poderá ser atingida, com países em rápida industrialização, como Índia e China, tendendo a consumir cada vez mais combustíveis fósseis.
Especialistas dizem que o limite de 2º C não elimina o risco de um efeito estufa descontrolado, mas ajuda a reduzi-lo. Mesmo uma elevação mínima nas temperaturas médias globais pode causar o caos na produção agrícola global.
Os líderes do G8 também concordaram em uma meta de reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa em 80% no mundo desenvolvido. Esta seria a contribuição dos países ricos para a meta global de queda de 50%, no mesmo prazo.
O conselheiro da Casa Branca, Mike Froman, disse que o governo acata a meta não obrigatória, e que a base de comparação para auferir as reduções poderia ser o ano de 1990.
As duas metas não constarão da declaração conjunta das 17 maiores economias, porque as nações em desenvolvimento que fazem parte desse grupo mais amplo temem o impacto das reduções em suas economias, e buscam garantias de investimento e transferência de tecnologia.