ONU fará reuniões adicionais sobre clima em abril na Alemanha

Representantes de 11 países chave nas negociações climáticas concordaram em se reunir e discutir impasse

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Por Reuters
Atualização:

Uma série de reuniões extras da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima serão feitas na Alemanha em abril para tentar intensificar os esforços de combate ao aquecimento global, após a cúpula da instituição em Copenhague ter falhado em conseguir um tratado mundial, informou a Dinamarca nesta segunda-feira, 22.

 

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"As negociações estão ganhando força novamente após Copenhague", disse a ministra de Clima e Energia da Dinamarca, Lykke Friis, que preside as negociações da ONU, à Reuters por telefone. Ela disse que 11 representantes de países chave nas negociações concordarem em se reunir por um dia na sede do secretariado para o Clima da ONU em Bonn.

 

A reunião de autoridades governamentais de abril seria precedida por um dia de conversas preparatórias entre os principais grupos de países.

 

"Há uma atmosfera positiva e construtiva e todas as partes estão ansiosas para seguir adiante com as negociações", disse ele ao se referir à primeira reunião formal desde Copenhague.

 

Até agora, o calendário de negociações estava limitado a uma sessão de autoridades em Bonn de 31 de maio a 11 de junho, uma preparação às conversas ministeriais anuais em Cancún, no México, que acontecerão entre 29 de novembro e 10 de dezembro.

 

Isso se compara com as cinco reuniões preparatórias no ano passado antes de Copenhague, que decepcionou muitos países ao não chegar a um acordo unificado.

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Acordo

Em 2009, muitas nações esperavam que da cúpula climática em Copenhague seria estabelecido um tratado obrigatório de redução de emissão de gases-estufa. Mas o encontro foi encerrado com acordo sem vínculo legal que visa estabelecer um limite de aumento de temperatura menor que 2 graus Celsius na comparação com o período pré-industrial. Também foi acordado na Dinamarca a criação de um fundo de US$ 10 bilhões por ano pelos nações ricas para ajudar na mitigação dos efeitos do aquecimento global pelos países em desenvolvimento.

 

Para a reunião em abril no México, muitos países acreditam que a discussão será mais uma vez bastante travada, principalmente pela dificuldade que a legislação norte-americana para emissões de carbono encontra para ser aprovada no Senado. O presidente americano Barack Obama quer que seu país corte as emissões em 17% até 2020 considerando os níveis de 2005.

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