Obama diz que Senado aprovará lei contra mudança climática

Em declarações na Casa Branca, presidente dos EUA elogiou a Lei que foi aprovada na sexta-feira na Câmara

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Por Reuters , AP e Dow Jones
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou a Câmara dos Representantes por ter aprovado a controversa Lei da energia e contra a mudança climática, e disse estar convencido que o Senado americano votará e aprovará a matéria.

 

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Em declarações na Casa Branca, Obama elogiou a Lei que foi aprovada por estreita margem na sexta-feira passada na Câmara, ao dizer que ela criará novas empresas e empregos ecologicamente corretos, ao mesmo tempo que reduzirá a dependência dos EUA por petróleo importado.

 

Obama também revelou mudanças que ele disse melhorarão a eficiência energética dos EUA, ao impor padrões estritos para as lâmpadas incandescentes, a partir de 2012.

 

Os novos padrões que estão em um documento emitido pelo Departamento de Energia exigem uma redução de 15% no uso de lâmpadas fluorescentes e de 25% em lâmpadas incandescentes, nos serviços gerais de iluminação pública.

 

Segundo ele, os novos padrões economizarão US$ 4 bilhões por ano aos consumidores americanos e reduzirão o consumo de eletricidade. Ele afirmou que a Casa Branca participará do processo e ajudará a substituir as lâmpadas atualmente em uso por outras mais eficientes.

 

Obama tornou a energia um tema central no projeto de lei contra a mudança climática. A Lei foi aprovada por uma margem muito estreita, 219 votos a favor e 212 contrários.

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Destaques da lei

 

Exige que as geradoras de energia elétrica atendam a 20% de sua demanda por meio de fontes renováveis até 2020.

 

Determina investimentos em novas tecnologias limpas e em energias renováveis, sendo que esse investimento deve chegar a US$ 90 bilhões até 2025; em captura e sequestro de carbono (US$ 60 bilhões); em veículos elétricos e de alta tecnologia (US$ 20 bilhões); e em pesquisa científica básica (US$ 20 bilhões).

 

Determina novos padrões de economia de energia para edifícios e eletrodomésticos. Os edifícios deverão ser 30% mais eficientes até 2012 e 50% até 2016.

 

Determina a redução das emissões de carbono pelas principais fontes dos EUA em 17% até 2020 e 83% até 2050, tendo como base os níveis de 2005.

 

A partir de 2012, a lei estabelece um limite anual de toneladas de carbono e outros gases causadores do efeito estufa para os setores da economia que são grandes poluidores, como usinas termelétricas e refinarias de petróleo. A lei estabelece um sistema de comércio de permissões para emitir carbono, chamadas "autorizações de emissão", que as empresas poderão negociar no mercado.

 

A lei permite que os setores da economia que operarão sob os limites de emissão aumentem seus limites adquirindo compensações ao investir na redução do carbono produzido por setores isentos de limites, até o limite de 2 bilhões de toneladas de carbono ao ano. Metade dessas compensações poderão ser adquiridas no exterior, por exemplo, investindo na preservação de florestas tropicais.

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