Negociações na cúpula em Copenhague ficam paralisadas

Discussões ganharam uma aparência de enfrentamento entre os países industrializados e em desenvolvimento

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Por Efe
Atualização:

A apenas três dias do encerramento, as negociações na cúpula da ONU sobre mudança climática (COP-15), realizada em Copenhague, estão nesta quarta-feira, 16, paralisadas e sem indícios de avanços sobre um acordo que regulamente as emissões de gases do efeito estufa.

 

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Está previsto que a presidente da conferência, a dinamarquesa Connie Hedegaard, se reúna com várias delegações para tentar conseguir um consenso e evitar um fracasso, o que faria com que mais de 100 líderes políticos fossem embora de mãos vazias.

 

Entre os discursos de chefes de Estado e de Governo no plenário nesta quarta-feira estão as do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e do chefe de Estado boliviano, Evo Morales.

 

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez nesta terça-feira uma chamada a todas as partes para que abandonem as táticas dilatórias e impeçam um fracasso desta cúpula, a maior já realizada, com 46 mil pessoas registradas.

 

As 192 delegações tinham como base de trabalho duas minutas sobre o financiamento dos países ricos aos pobres para mitigar as consequências da mudança climática, no qual não apareciam números, além de outro texto com as porcentagens a serem negociadas das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) até 2050.

 

As conversas, que começaram no dia 7 e terminarão no dia 18 de dezembro, ganharam uma clara aparência de enfrentamento entre os países industrializados e em desenvolvimento.

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Os organizadores da ONU e a Polícia dinamarquesa intensificaram nesta quarta-feira as medidas de segurança diante da ameaça do grupo ambientalista Climate and Justice de atacar o Bella Center, onde acontecem as negociações.

 

Unidades da Polícia antidistúrbios se posicionaram com cães treinados nos arredores do palácio de congressos e o acesso foi fechado ao trânsito tanto pela estrada quanto pelo metrô urbano, cuja estação foi fechada. Nos dias anteriores, a Polícia agiu com contundência contra os manifestantes e deteve mais de 1,3 mil, que na grande maioria foram libertados pouco depois.

 

A ONU também fechou o credenciamento para a imprensa, após o registro de 3,5 mil jornalistas, que hoje tentarão cobrir 46 coletivas de imprensa e 38 discursos de chefes de Estado e de Governo, no primeiro dia dos contatos de alto nível.

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