PUBLICIDADE

Negociação climática da ONU deve manter meta de 2 graus--representante

Por NINA CHESTNEY
Atualização:

As negociações climáticas da Organização das Nações Unidas devem continuar pressionando por atitudes mais ambiciosas para garantir que o aquecimento global não ultrapasse os 2 graus, disse um negociador da União Europeia na terça-feira, um mês depois de os EUA terem sido acusados de apresentar um retrocesso na meta. Quase 200 países concordaram em 2010 em limitar o aumento das temperaturas para abaixo de 2 graus Celsius, acima da era pré-industrial para evitar os impactos perigos da mudança climática, como enchentes, secas e elevação do nível das marés. Para desacelerar o ritmo do aquecimento global, as conversações climáticas da ONU na África do Sul concordaram em desenvolver um acordo climático legalmente vinculante até 2015, que poderia entrar em vigor no máximo até 2020. Entretanto, especialistas advertem que a chance de limitar o aumento da temperatura global para menos de 2 graus está ficando cada vez menor, à medida que aumenta a emissão dos gases de efeito estufa por causa da queima de combustíveis fósseis. "Está muito claro que devemos pressionar nas negociações de que a meta de 2 graus não é suficiente. A razão pela qual não estamos fazendo o bastante se deve à situação política em algumas partes do mundo", disse Peter Betts, o diretor para mudança climática internacional da Grã-Bretanha e negociador sênior da UE, a um grupo de mudança climática no Parlamento britânico. No mês passado, os EUA foram criticados por dizer que apoiavam uma abordagem mais flexível para um novo acordo climático -que não necessariamente manteria o limite de 2 graus -, mas depois acrescentaram que a flexibilidade daria ao mundo uma chance maior de chegar a um novo acordo. Diversos países, incluindo alguns dos mais vulneráveis à mudança climática, dizem que o limite de 2 graus não é suficiente e que um limite de 1,5 graus seria mais seguro. As emissões do principal gás de efeito estufa, o dióxido de carbono, subiram 3,1 por cento em 2011, em um recorde de alta. A China foi a maior emissora do mundo, seguida pelos EUA.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.