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Mundo requer 'orçamento de carbono', diz grupo ambientalista

Se algum país ficar para trás em suas metas de CO2, outros terão de pagar a parte dele, adverte relatório

Por Reuters
Atualização:

O mundo corre risco de esgotar seu "orçamento de carbono" até 2025 e ver as temperaturas globais subirem mais que 2º C, a menos que os países adotem um sistema flexível de contabilidade de carbono, disse o grupo ambientalista WWF.

 

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Um relatório, elaborado pela consultoria holandesa  Ecofys e encomendado pelo WWF, diz que as emissões dos países ricos precisam cair em 80% até 2050 e as emissões globais de gases do efeito estufa precisam se reduzir em 39% dos níveis de 1990 até 2030.

 

O fracasso nessas metas levaria a um rápido aquecimento do planeta.

 

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O relatório, intitulado Sharing the effort under a global carbon budget (Compartilhando o esforço sob um orçamento comum de carbono) foi divulgado nesta sexta-feira, 2, nos bastidores de uma conferência das Nações Unidas sobre aquecimento global que acontece em Bangcoc, na Tailândia.

 

O comitê internacional de cientistas da ONU diz que, para manter a elevação das temperaturas globais abaixo de 2º C até 2050, as emissões precisam chegar a, no máximo, 450 partes por milhão.

 

Para respeitar este limite, os países ricos precisariam cortar suas emissões domésticas e ajudar as nações mais pobres e conter o ritmo de suas emissões.

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O relatório apresenta três métodos para ajudar os países a distribuir o orçamento, ajudando os países pobres a crescer economicamente com o financiamento de programas de energia limpa.

 

"Se relaxarmos na trajetória de um país, outro país precisa assumir a conta", diz o texto.

 

O trabalho afirma que o orçamento de carbono pode ser definido como a quantia tolerável de emissões globais ao longo de um período, para limitar a elevação de temperatura global a 2º C.

 

"O orçamento vai de 1990 a 2050", disse o diretor de política energética global do WWF, Stephan Singer.

 

"Nos últimos 18 anos, usamos aproximadamente 40% do orçamento 1990-2050. Se continuarmos com o que estamos fazendo e incluirmos o aumento das emissões, teremos desperdiçado não apenas tempo, mas esgotaremos o orçamento até 2025".

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