RIO DE JANEIRO - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta terça-feira, 1º, no Rio de Janeiro, que o Brasil reduziu a emissão de gases poluentes nos últimos 20 anos. "Apesar da frota de veículos leves no Brasil ter aumentado mais de 60%, nós diminuímos a emissão de gás carbônico (CO²) no meio ambiente".
Izabella Teixeira participou da 10ª Edição do Challenge Bibendum, evento que reúne autoridades, representantes do setor privado e entidades não governamentais para discutir a sustentabilidade dos transporte rodoviários.
No Brasil, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que o transporte rodoviário é o mais utilizado no País e que cerca de 98% do combustível utilizado deriva do petróleo. Como uma alternativa para a redução da poluição, a ministra citou o uso do biodiesel.
"Temos que incrementar a participação do biodiesel e do etanol na mistura de combustíveis fósseis para redução das emissões. Já temos hoje no Brasil a circulação de diesel sem enxofre. Além disso, tem que haver o controle de emissões em um plano de gestão ambiental nas grandes cidades", afirmou Izabella.
Um dos programas do Ministério do Meio Ambiente para o setor de transportes é o Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que tem como objetivo reduzir os níveis de emissão de poluentes e incentivar o desenvolvimento de tecnologia nacional.
Desde que foi criado, em 1986, o programa já conseguiu reduzir em até 90% a emissão de poluentes dos escapamentos de automóveis produzidos no País e também de importados. No caso de ônibus e caminhões, essa redução chega a 80%.
O programa é um aliado na busca de melhor qualidade de vida nas grandes cidades brasileiras, onde vive a maior parte da população. A poluição é um dos principais problemas dos centros urbanos. De acordo com especialistas, além dos impactos ambientais, a poluição afeta a saúde das pessoas.
Pesquisadores afirmam que a má qualidade do ar é um risco para a saúde pública, provoca doenças respiratórias, sobretudo nas crianças, e alergias, além de gerar custos para o Estado, que precisa oferecer atendimento médico.