Maldivas estão aumentando, diz cientista à revista alemã

Formado por atóis, o arquipélago estaria crescendo; teoria contraria a tese de que aumento do nível do mar estaria fazendo as ilhas desaparecerem

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Por Redação
Atualização:

De acordo com matéria publicada no site Spiegel online International, as Maldivas - que se tornaram um símbolo dos perigos do aquecimento global, com a ameaça de desaparecimento sob o mar - podem estar crescendo de tamanho. Isso porque são ilhas formadas por corais, dizem os cientistas.

 

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Paul Kench, um geólogo da Universidade de Aukland, na Nova Zelândia, viajou com mais cinco cientistas para o arquipélago para sondar a verdadeira essência das ilhas tropicais. "Elas são como um organismo vivo, mudando constantemente", disse Kench à revista alemã.

 

Ele usou sensores para medir o crescimento das ilhas. Sob as lagoas existentes nas Maldivas, há uma floresta de corais, cujos esqueletos de calcário formam recifes. O arquipélago deve sua existência ao ciclo de vida e morte desses organismos marinhos.

 

Segundo a publicação Spiegel on line International, o volume de sedimentos capturados pelos cientistas sob as águas - partículas de corais já mortos que formam a base das praias  magníficas desta região -  revelam o quanto de areia está se soltando dos corais. Esse  material contribui para o crescimento das ilhas.

 

Como muitos outros atóis, as Maldivas são consideradas um paraíso ameaçado pelo aumento do nível do mar.

 

Mas Kench diz que essa concepção é muito simplista. Ele e o colega Arthur Webb publicaram um artigo com resultados surpreendentes: os geomorfologistas compararam fotos aéreas antigas tiradas durante a Segunda Guerra com imagens de satélite recentes e descobriram que a maioria dos atóis que estavam estudando ou haviam aumentado de tamanho ou haviam permanecido inalterados - embora o nível do mar tenha subido 12 centímetros nas últimas décadas.

 

"Achamos o aquecimento global um assunto muito sério, mas para prever suas reais consequências para os atóis nós temos de entender primeiro como eles responderão ao aumento do nível do mar no futuro", disse Kench para a revista alemã.

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