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Justiça russa nega fiança a ativista brasileira do Greenpeace

ONG informou que a apelação de seu advogado para que a bióloga gaúcha respondesse em liberdade foi refutada em audiência nesta quinta-feira, 24; ela e outras 29 pessoas estão presas desde 18 de setembro após ato no Ártico

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Por Redação
Atualização:

Atualizado às 11h52

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SÃO PAULO - A Justiça russa negou, nesta quinta-feira, 24, que a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos, pudesse pagar fiança e responder em liberdade, por meio do pagamento de fiança, ao inquérito aberto contra 30 ativistas que protestaram em uma plataforma de exploração de petróleo no Ártico da empresa russa Gazprom, no dia 18 de setembro. De acordo com o Greenpeace, que divulgou as informações nesta manhã, a audiência, na cidade de Murmansk,  cerca de quatro horas e começou pouco depois das 4h (horário de Brasília).

Os outros 29 presos também tiveram os pedidos de fiança negados, segundo o Greenpeace. O grupo está em prisão preventiva desde 19 de setembro e assim se manterá até, pelo menos, 24 de novembro, quando a prisão pode ser ou não renovada.

O advogado de Ana Paula também solicitou que ela acompanhasse a audiência fora da cela, mas o juiz deu razão ao promotor do caso e negou o pedido, informa a ONG.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, uma carta do embaixador do Brasil na Rússia, Fernando Barreto, foi usada na argumentação do defensor. No documento, o diplomata pede que a brasileira responda ao processo em liberadade, se responsabiliza pela colaboração da bióloga durante as investigações e garante seu comparecimento aos tribunais sempre que solicitado. 

A assessoria de imprensa do Itamaraty informa que a diplomacia brasileira aguarda o términio das investigações e não prentende realizar nenhuma outra intervenção no momento. O Itamaraty afirma ainda que a ativista conta com assistência para se comunicar com a família no Brasil e possui intérprete para auxiliá-la na Rússia.

Acusação. Nessa quarta-feira, 23, a Rússia retirou a acusação de pirataria contra os 30 ativistas envolvidos no protesto no Ártico e a substituiu por uma acusação menos grave: de "hooliganismo". A informação foi divulgada pela agência de notícias Itar-Tass.

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A pena para a pirataria é de 15 anos de prisão. Já a de "hooliganismo", equivalente a vandalismo, seria de sete anos. Dos 30 presos, 28 são ativistas e dois, jornalistas.

Libertação. A Rússia também anunciou nessa quarta que rechaça a arbitragem do Tribunal Internacional de Direito do Mar pedida pela Holanda para libertar os ativistas presos no Ártico. O barco invadido tinha bandeira holandesa e estava em águas internacionais. (Com agências internacionais)

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