Ibama recebe denúncia formal de venda de pingüins na Bahia

Animais, provenientes da Patagônia argentina, estão chegando à costa nordestina por motivos desconhecidos

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Por Tiago Décimo
Atualização:

O Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA) formalizou, nesta quinta-feira, 24, a primeira denúncia formal de venda de pingüins na Bahia ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).   Os animais, da espécie pingüim de magalhães, provenientes da Patagônia argentina, que por motivos ainda desconhecidos saíram de sua rota migratória natural - que chega ao litoral de Santa Catarina - e começaram a aparecer no litoral nordestino na metade do mês, estariam sendo vendidos por moradores das Praias da Ribeira e de Boa Viagem, em Salvador.   Segundo a coordenadora do IMA, Sheila Serra, a formalização da denúncia tem como objetivo levar o Ibama a investigar as suspeitas, ainda não confirmadas. De acordo com o Ibama, uma equipe deve ser enviada aos locais onde a venda estaria sendo feita para investigações a partir de sexta-feira, 25.   O presidente da Sociedade de Pesquisa e Preservação dos Mamíferos Marinhos (Mama) - organização que tem feito o monitoramento da chegada de pingüins no Nordeste -, Luciano Wagner Reis, afirma que mais de 200 animais já chegaram à costa baiana, 128 apenas em Salvador, desde o início do mês. Outros dois casos foram identificados pelo projeto no Nordeste, um em Sergipe e um em Alagoas. Ele confirma ter recebido "dezenas" informações sobre a venda dos pingüins, mas afirma que "apenas um ou dois casos" poderiam ser reais, segundo sua equipe.   A venda (ou guarda) de espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória é crime pela lei ambiental. A punição a quem pratica o delito é prisão de seis meses a um ano e multa de R$ 500 por animal envolvido.

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