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Ibama autua siderúrgicas por comprar carvão ilegal no PA

Por Solange Spigliatti
Atualização:

As empresas Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar), Sidenorte Siderurgia Ltda e Sidepar Siderurgia do Pará S.A. foram flagradas por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comprando 1.520 m³ de carvão ilegal, o equivalente a 26 caminhões cheios, de uma firma de fachada, criada apenas para comercializar créditos florestais. De acordo com o órgão, as empresas tiveram seus acessos ao Sisflora (sistema que faz o controle do fluxo de madeiras e subprodutos florestais) bloqueados. As siderúrgicas ainda terão os estoques irregulares apreendidos.Com a autuação, as empresas ficam impedidas de emitir novas Guias Florestais (GF), o documento que acompanha todo produto da flora nativa no Pará. Até a suspensão do bloqueio pelo Ibama, as indústrias não podem comprar carvão. A Cosipar, com capacidade instalada de um milhão de toneladas ano, é a maior siderúrgica do Estado.O esquema de venda de crédito às siderúrgicas foi descoberto por meio de auditoria no Sisflora. O sistema é gerido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Uma única empresa, a LA Baseggio, criada há três meses no Sisflora, chamou a atenção dos fiscais do Ibama por ter comercializado 9 mil metros cúbicos, entre madeira e carvão, com 39 companhias neste curto período.A multa para cada siderúrgica pode chegar a R$ 1 milhão, por apresentar informação enganosa aos sistemas oficias de controle ambiental, além de mais R$ 300 por cada m³ de carvão adquirido sem licença válida. As empresas têm 20 dias para recorrer.

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