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Garoto alemão já ajudou a plantar 1 milhão de árvores em seu país

Por Afra Balazina
Atualização:

Com 13 anos, o estudante Felix Finkbeiner já pode ser considerado um ambientalista com experiência: há quatro anos planta árvores em diversas partes do mundo. Apesar de ainda não saber que profissão vai exercer no futuro, ele tem trabalhado bastante – e até perdido aulas da escola – para divulgar a campanha Pare de Falar, Comece a Plantar.

 

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A ideia surgiu quando ele precisou apresentar um trabalho no colégio, localizado perto de Munique. Escolheu como tema a crise climática e falou que, em seu ponto de vista, as crianças poderiam plantar 1 milhão de árvores em cada país para compensar as emissões de carbono. Seu professor pediu para ele repetir a palestra em outras salas, e outras escolas da região aderiram. A meta já foi atingida na Alemanha e a iniciativa chegou a 90 países.

 

Em Cancún, durante a Conferência do Clima da ONU (COP-16), crianças da campanha plantaram com embaixadores, ministros e até presidentes 194 árvores representando os países que participam das negociações climáticas. As mudas foram colocadas no jardim do resort Moon Palace, sede da reunião, com o consentimento da administração do hotel.

 

O presidente Rafael Correa, muito simpático, plantou a árvore em nome do Equador. Ele deixou Felix colocar a mão na frente da sua boca, como se a estivesse tampando, para fazer fotos. Esta imagem é o símbolo da campanha, pois dá a entender “pare de falar”. E o alemão já conseguiu tirar fotografias semelhantes com a modelo Gisele Bündchen, com o príncipe Albert II de Mônaco e com o diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.

 

“Nós, as crianças, estamos muito desapontados e consideramos a relutância dos adultos em firmar acordos legalmente vinculantes como um crime contra nosso futuro. Apenas falando eles não vão parar o derretimento das geleiras”, afirmou Felix. E ressalta que um dos grandes objetivos é mostrar que a ação pode ser realizada em qualquer parte do planeta. “Sempre perguntamos aos silvicultores locais o tipo de árvore mais adequado, o que cresce melhor.”

 

Para viajar e ir a eventos no exterior, o grupo tem patrocínio de pessoas e empresas. Com inúmeras vivências interessantes mundo afora, Felix não está preocupado em perder o conteúdo da escola. “Tenho o apoio dos amigos e professores.”

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