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Futuro da iluminação ecológica prevê papel de parede com luz

Para jornal britânico, Leds orgânicos podem substituir em breve lâmpadas convencionais em casas e escritórios

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Por Redação
Atualização:

Papel de parede com luz e telas planas flexíveis são alguns dos produtos que podem estar um pouco mais próximos da realidade graças às pesquisas sobre LEDs orgânicos (OLEDs), ferramenta amplamente aclamada como a próxima geração das tecnologias de iluminação ecologicamente corretas, de acordo com matéria publicada pelo jornal britânico The Guardian.

 

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Os LEDs (diodos emissores de luz, em português) são uma forma de gerar luz diretamente da energia elétrica, têm grande vida útil e são mais econômicos. Os novos LEDs orgânicos usam muito pouca energia para produzir energia luminosa, mesmo em comparação com as modernas lâmpadas econômicas. São feitos de substâncias químicas que podem ser aplicadas em superfícies finas e flexíveis, permitindo que elas sejam usadas em potencial para substituir lâmpadas tradicionais em casas e escritórios, com painéis de iluminação eficiente construídos em paredes, janelas ou mesmo nos móveis. Outros usos incluem telas flexíveis, cujo consumo de energia muito baixo significa que elas poderiam operar sem energia elétrica, por exemplo, como sinais de alerta de tráfego nas estradas alimentados por pequenos painéis solares.

 

De acordo com informações do Guardian, a empresa britânica Lomox Limited, que desenvolve tecnologia OLED e opera há apenas dois anos com sede no País de Gales, recebeu nesta quarta-feira mais de 450 mil libras para pesquisa através do programa Carbon Trust, um fundo de carbono financiado pelo governo britânico.

 

Cerca de um sexto de toda a eletricidade gerada no Reino Unido é utilizada para iluminação e a Lomox reivindica que suas OLEDs são 2,5 vezes mais eficientes do que o padrão de economia de energia das lâmpadas normais. O fundo Carbon Trust constatou que, se todas as lâmpadas modernas fossem substituídas por LEDs orgânicos, as emissões anuais de carbono em todo o mundo poderiam cair em 2,5 milhões de toneladas até 2020 e quase 7,4 milhões de toneladas até 2050. E trocar as velhas lâmpadas incandescentes por OLEDs geraria redução de CO2 ainda maior.

 

Os OLEDs têm obtido resultados promissores nos laboratórios de pesquisa, mas precisam superar dois obstáculos principais para se tornarem itens de grande consumo: eles são caros para fazer e eles tendem a ter uma vida útil relativamente curta. "O que a nossa tecnologia faz, com as sete patentes que possuimos, é tentar corrigir esses problemas", disse Ken Lacey, presidente-executivo da Lomox. De acordo com Lacey, os OLEDs da sua empresa têm potencial para durar tanto quanto as luzes fluorescentes modernas e, no setor de telas, tanto quanto os painéis LCD. A Lomox afirma também que seu sistema de iluminação corresponde muito melhor à luz natural do que o das outras lâmpadas econômicas.

 

Com o incentivo, a companhia quer se concentrar em colocar o primeiro OLED no mercado em 2012, principalmente para a iluminação externa. "A parte inicial dos recursos é para fazer os testes e levar isso para esse mercado", disse Lacey.

 

"A iluminação é uma grande produtora de emissões de carbono. Essa tecnologia tem potencial para produzir iluminação ultra-eficiente para uma ampla gama de aplicações, esbarrando em um enorme mercado global. Nós agora estamos procurando outras tecnologias que podem reduzir emissões de carbono e ser um sucesso comercial."

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A concessão para Lomox é um dos 164 projetos apoiados pelo Carbon Trust para pequenas empresas que trabalham com energia renovável e tecnologias de eficiência energética, como células de combustível, produção combinada de calor e energia, bioenergia, energia solar, tecnologias de baixo carbono para edifícios, dispositivos de energia marinha e maior eficiência nos processos industriais.

 

(Com informações do The Guardian)

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