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Evolução produz águas-vivas sem veneno em ilha do Pacífico

Isoladas de predadores e com fácil acesso a alimento, medusas de Palau desenvolveram uma picada suave

Por EFE
Atualização:

Mergulhar em um mar de águas-vivas pode parecer um perigo, mas em uma lagoa marítima de Palau, no Oceano Pacífico, pode-se brincar sem medo em meio às criaturas, porque a evolução, nesse lugar, privou-as de seu mecanismo de defesa. Trata-se de um fenômeno único no mundo, e uma das maiores atrações turísticas desta pequena nação insular. Até mesmo crianças entram em contato constante com as águas-vivas, mas sentem apenas cócegas, até mesmo em caso de toque os tentáculos dos animais com os lábios. Situada na região de Peleliu, no sudoeste de Palau, a Lagoa das Medusas é de água salgada. Ela é separada do oceano por um padrão rochoso que tem pequenas fendas, por onde água e nutrientes conseguem circular. A lagoa foi formada há cerca de 15.000 anos, quando o movimento das placas tectônicas fez com que o espaço acabasse cercado e prendendo ali os invertebrados, que se viram isolados de seu predador tradicional, a tartaruga marinha. De acordo com a pesquisadora americana Laura Martin, sem o inimigo natural para ameaçá-las, as águas-vivas viram a potência de seu veneno cair o ponto de, agora, só afetar as pequenas criaturas das quais as águas-vivas se alimentam. Além disso, as águas-vivas multiplicaram-se até superar os dez milhões, só dentro da lagoa. Palau é uma ex-colônia espanhola e ex-possessão dos Estados Unidos, independente desde 1994. Fica a cerca de 800 quilômetros das Filipinas e vive, basicamnete, do turismo.

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