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Europa e Estados Unidos têm expansão da cobertura florestal

Ao contrário da Ásia e da América do Sul, continente europeu registrou aumento de suas florestas em 27,5 milhões de hectares

Por Jamil Chade
Atualização:

GENEBRA - Se florestas na América Latina e Ásia perdem terreno, na Europa e nos Estados Unidos o que se registra é uma expansão da cobertura de florestas em um ritmo recorde. Dados publicados pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que, entre 2000 e 2014, o continente europeu registrou uma expansão de suas florestas de 27,5 milhões de hectares. O aumento foi equivalente a 1,5% 

A região conta com 1,8 bilhão de hectares de florestas, 41% do total mundo. Mas, durante 300 anos, os continentes europeu e norte-americano foram alvo de amplo desmatamento por causa da revolução industrial e do aumento demográfico. 

Florestas na Europa ganharam áreas que antes eram cultivadas Foto: Reuters

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Agora, com 18% da população do planeta, a Europa e os EUA começam a recuperar sua cobertura vegetal. "As florestas na Europa e América do Norte registraram uma expansão enquanto no resto do mundo houve um declínio", declarou a ONU, em um estudo.

A expansão das florestas europeias ocorreu por dois motivos nos últimos 15 anos. Em vários países, a zona agrícola tem sido reduzida e a população rural hoje é de apenas 4% da União Europeia. As florestas, portanto, ganharam áreas que antes eram cultivadas. 

Instituições como a Comissão Europeia passaram a dar subsídios para fazendeiros, não apenas por produzir alimentos, mas por replantar áreas desmatadas. A ONU também destaca programas oficiais de governos para manter áreas virgens e plantar novas zonas.

As conclusões finais do levantamento serão levadas para uma cúpula organizada pelas Nações Unidas em maio de 2015. Mas os resultados preliminares também apontam para um aumento dos estoques de madeiras. O total de novas árvores plantadas já seria maior que o volume de extração da madeira. 

Riscos. A ONU, porém, alerta os governos europeus e americano de que o combate ao desmatamento não acabou. O principal risco hoje seria a urbanização e grandes obras de infraestrutura, em especial no Leste Europeu e em parte dos EUA. 

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Segundo o levantamento, uma perda de cobertura florestal deve ser registrada nos próximos anos no sudeste americano, em áreas com rápida expansão de população. 

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