EUA e China assinam memorando sobre mudança climática

Algumas pessoas nos EUA argumentam que Obama não deveria se comprometer com reduções antes da China

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Por Redação
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Os Estados Unidos e a China, os principais emissores de gases-estufa do mundo, assinaram um acordo na terça-feira com vistas a uma cooperação maior nas questões sobre mudança climática, energia e ambiente.

 

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Autoridades norte-americanas e chinesas assinaram um "memorando de entendimento" no Departamento de Estado após dois dias de negociações de alto escalão em Washington para discutir a economia e outros assuntos estratégicos, incluindo a mudança climática. Nenhum detalhe do documento foi divulgado de pronto, mas a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que ele salienta a importância da mudança climática nas relações entre os dois países. "Ele também proporciona aos nossos países um direcionamento à medida que trabalhamos juntos para apoiar as negociações climáticas internacionais e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono", disse Clinton na cerimônia de assinatura. Ela afirmou que ambos os lados discutiram extensivamente sobre como reduzir as emissões e avançar na conferência climática da ONU em Copenhague em dezembro, que visa esboçar novas metas globais para controlar a mudança climática. Algumas pessoas nos EUA argumentam que Washington não deveria se comprometer com reduções específicas nas emissões industriais (pois isso poderia aumentar o preço da energia) antes que a China faça o mesmo. Outros, no entanto, argumentam que a China já adotou mais medidas concretas que os EUA e que Washington precisa mostrar, no tempo que resta até a reunião de Copenhague, que está comprometido com a redução das emissões norte-americanas. O conselheiro estatal chinês Daí Bingguo disse que os dois países enfrentavam grandes desafios colocados pela mudança climática e que Pequim estava comprometido em cooperar com Washington sobre a questão.

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