O tema a que o papa Francisco dedicou mais tempo nesta quarta-feira em seu discurso na Casa Branca, em Washington, foi a urgências das mudanças climáticas.
Em meio a menções a questões como pobreza e as migrações, Francisco elogiou as ações do presidente Barack Obama em relação ao problema. “Eu acho encorajador que você esteja propondo uma iniciativa para reduzir a poluição do ar. Aceitando sua urgência, me parece claro também que a mudança do clima é um problema que não mais podemos deixar para as futuras gerações. Quando se trata de cuidar da nossa casa comum, nós estamos vivendo um momento crítico da nossa história”, disse retomando a mensagem principal de sua encíclica “Laudato Si”, lançada em junho.
O papa disse que ainda há tempo para curar o planeta para suas crianças. “Para usar uma frase do reverendo Martin Luther King, podemos dizer que nós falhamos em pagar uma nota promissória e agora é hora de honrá-la.” Obama, por sua vez, agradeceu o foco de Francisco nessa questão. “Nós apoiamos seu chamado para que todos os líderes apoiem as comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas e atuem juntos para preservar nosso precioso mundo para as futuras gerações.”
Na quinta-feira Francisco vai se dirigir ao Congresso americano, onde a questão climática deve voltar a aparecer, mas dessa vez diante de um público bem menos afeito a ela. O Partido Republicano vem historicamente se opondo a ações para conter o problema, negando oaquecimento global seja culpa humana. A forma como o papa vai falar com os parlamentares vem sendo esperada ansiosamente por cientistas do clima e ambientalistas.
Na sexta-feira, o tema ganha força mais uma vez quando Francisco abre a conferência das Nações Unidas que vai lançar 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, que visam colocar o mundo em um caminho para terminar a pobreza, proteger o planeta e assegurar a prosperidade a todos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)