Washington - O desmatamento de áreas florestais em todo o mundo alcançou, em 2016, um recorde de 29,7 milhões de hectares, o equivalente a 297 bilhões de m², ou a área da superfície da Nova Zelândia, segundo estimativas publicadas nesta segunda, 23, pelo Observatório Mundial das Florestas (GFW)
Esse aumento de 51% em um ano se explica, principalmente, pela grande quantidade de incêndios que ocorreram em 2016. Para 2017 se espera um novo recorde, à medida em que se considera as grandes queimadas nas florestas de Portugal e no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
O significativo aumento dos incêndios florestais em 2015 e 2016 está relacionado, em parte, aos efeitos da atual correntede ar quente do oceano Pacífico, o El Niño, a segundo mais intensa já registrada. Teriam sido criadas, então, condições muito quentes nos trópicos.
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Segundo o GFW, associação de monitoramento florestal lançada pelo Instituto Mundial de Recursos (WRI), a mudança climática também está aumentando a intensidade e as consequências dos incêndios florestais.
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O desmatamento relacionado à agricultura e à exploração da madeira e mineração também contribuiu significativamente para a redução dos bosques em 2016.
Brasil, Indonésia e Portugal, em particular, foram os que mais registraram perdas floresitasis em 2016. Na Amazônia a perda registrada foi 3 vezes maior que em 2015: 3,7 milhões de hectares, ou 37 bilhões de m². Em Portugal, 4% da superfície dos bosques foi queimada, a maior proporção de todos os países, e mais da metade da natureza desse tipo em todo o território abrangido pela União Europeia.
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A República do Congo sofreu o maior incêndio florestal já visto em toda a África Central: 15 mil hectares (150 milhões de m²) destruídos ainda no início de 2016. Na América do Norte, no Canadá, a região de Fort McMurray, chamas destruíram 600 mil hectares de terra, causando um prejuízo de US$ 8,8 milhões./AFP