Todo mundo tem o direito de comer bem. Isso é o que acreditam os fornecedores do Borough Market, o maior e mais importante mercado de comida da Inglaterra. Os produtos são, na sua maioria, de origem local, e algumas barracas vendem somente orgânicos. Existem até um açougue com carne orgânica e um fast food somente com ingredientes livres de pesticidas e agrotóxicos.
Eles oferecem o que há de melhor e mais fresco a um preço acessível - não é barato, mas vale o custo-benefício. Uma mussarela de búfala grande sai por 2,5 libras (equivalente a R$ 7). Cerca de 100g de presunto parma custa quase 6 libras (R$ 18). E por um suco de cranberry se paga 2 libras (R$ 6).
Há mais de 250 anos vendendo frutas, verduras, queijos, doces, sanduíches, frios, compotas, temperos, flores, carnes, especiarias e outras iguarias, este mercado que fica no sul de Londres reúne os apaixonados por comer bem de quinta-feira a sábado, os três dias em que fica aberto.
Por lá é possível tanto comprar legumes, verduras, cogumelos e outros ingredientes para cozinhar em casa como chegar lá para almoçar ou comer em pé (ou na praça ao fundo do mercado) as guloseimas garimpadas nas barracas. A variedade é enorme e vai de sanduíches a ostras e champanhe (3,5 libras ou R$ 10,5 a taça).
É um programa que deve ser feito com barriga vazia para aproveitar o que eles têm de melhor a oferecer.
Restaurantes
Quer uma opção orgânica e com pratos vegetarianos para comer em Londres e não gastar muito? O Le Pain Quotidien tem de estar na sua lista. A ideia do lugar é ter um espaço comunitário para as pessoas lembrarem, mesmo nas grandes cidades, que elas vivem em uma comunidade.
De dia a iluminação é natural, mas à noite as velas ganham espaço e fazem o lugar ficar bem aconchegante. Toda a madeira usada é recuperada, ou seja, nenhuma árvore é derrubada para decorar o local.
São 14 lojas espalhadas por Londres (fora as que estão por outros 16 países), uma delas em Hampstead, um bairro charmoso ao norte do centro da capital inglesa. É um ótimo lugar para um capuccino à tarde. Café, leite e chocolate (em pó na bebida e em barra para levar para a casa) orgânicos, assim como tudo (ou quase tudo) que é vendido no local.
O cardápio do jantar também é apetitoso e sustentável. De entrada, experimente o cogumelo gratinado com gorgonzola e, como prato principal, um risoto de vegetais verdes. Ambos acompanhados pelo vinho tinto orgânico da casa. De sobremesa, bolo de cenoura e, para finalizar, um café espresso orgânico. Esta refeição 100% orgânica de três pratos e vinho custa 21 libras (cerca de R$ 60). Nem parece uma rede de comida, pois tudo é bem artesanal nesta boulangerie pâtisserie/restaurante/empório.
Virou livro
O restaurante da vez é o Ottolenghi. Vale uma visita à filial de Islington, para um “late lunch”. Cada dia tem um cardápio e é possível escolher se você quer três tipos de saladas (em porções pequenas ou grandes) ou dois tipos de saladas e um prato principal. O couvert traz pães deliciosos. E, como tudo lá, ingredientes improváveis se misturam e fazem um prato ficar extremamente saboroso.
Peça o frango ao mel, com lascas de amêndoas e água de rosas. As saladas - uma de “raízes” caramelizadas com limão siciliano e a outra com arroz crocante, berries e alguns temperos diferentes - são exóticas. Para acompanhar, um prosseco delicioso. De sobremesa, experimente o bolo de chocolate, com um café espresso para acompanhar.
No Ottolenghi, tudo é feito a partir de ingredientes crus. Eles usam o máximo que conseguem de orgânicos e todos os produtos são locais, do Reino Unido e da Europa. Apesar da influência mediterrânea, eles têm um estilo próprio, com um twist que encanta o paladar dos seus clientes, que se apaixonam pelo local e indicam para os amigos. Os donos lançaram também um livro: Ottolenghi - The Cookbook.
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