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Cientistas aceleram análise da ligação humana com climas extremos

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Por Redação
Atualização:

Por Megan Rowling

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BARCELONA (Thomson Reuters Foundation) - Cientistas do clima esperam poder responder ao mundo quase em tempo real se o aquecimento global têm influência nas condições climáticas extremas, graças a uma iniciativa que planejam lançar até o final de 2015.

Nos últimos anos, os cientistas passaram a se dedicar mais a estudar se a mudança climática causada pelas emissões de gases do efeito estufa está ampliando os climas extremos e seus impactos no mundo, mas a tarefa geralmente leva meses.

“Vemos na mídia a ideia de que não se pode atribuir quaisquer eventos isolados à mudança climática, mas na verdade a ciência evoluiu muito na última década”, disse Heidi Cullen, cientista-chefe da Climate Central.

A organização de jornalismo científico norte-americana sem fins lucrativos está liderando a iniciativa para acelerar esta análise juntamente com o Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, cientistas da Universidade de Oxford, o Instituto Meteorológico Real da Holanda e outras instituições.

Uma análise de 16 grandes eventos climáticos em 2013, divulgada na segunda-feira, revelou que a mudança climática causada pela humanidade intensificou claramente a severidade e a probabilidade de cinco ondas de calor estudadas, inclusive na Austrália, no Japão e na China.

Em outros eventos, como secas, chuvas fortes e tempestades, especificar a influência da atividade humana foi mais desafiador, disseram os pesquisadores.

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A mudança climática causada pela humanidade teve um papel em alguns casos, mas seu efeito muitas vezes ficou menos claro, dando a entender que fatores naturais foram muito mais predominantes.

O estudo desta semana do Boletim da Sociedade Meteorológica Americana foi o terceiro do gênero publicado este ano. Em 2011, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) emitiu um relatório dizendo ser “provável” – uma chance de dois terços ou mais – que as temperaturas diárias mínimas e máximas ao redor do mundo já tenham aumentando por conta da influência humana, assim como o nível dos mares e as máres altas costeiras.

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