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Caça ilegal e seca ameaçam os elefantes do Quênia

Além disso, a falta de alimentos também afeta os animais; mais de 100 elefantes do país já morreram este ano

Por AP
Atualização:

A caça ilegal e a falta de alimentos por causa da seca já mataram mais de 100 elefantes no norte do Quênia este ano. O zoólogo Iain Douglas-Hamilton, que fundou a instituição Save the Elephants, disse que a seca que atinge o país é a pior em 12 anos. A seca representa uma grave ameaça ao animais, cuja silhueta nas savanas do Quênia atraem cerca de 1 milhão de turistas a cada ano.

 

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"Quando (os elefantes) não tem comida suficiente, eles podem ficar vulneráveis a doenças, seu sistema imunológico se enfraquece e eles pegam todo tipo de moléstias", disse Douglas-Hamilton na segunda-feira. "Os elefantes, particularmente os jovens e os velhos, começaram a morrer".

 

Douglas-Hamilton disse também que a caça clandestina tem aumentado e disse que esse aumento tem a ver com a decisão, tomada no ano passado, pelo organismo internacional regulatório CITES que permitiu ao Zimbábue, Botswana, Namíbia e África do Sul fazerem vendas únicas de seus estoques de reserva de marfim confiscado.

 

A organização havia inicialmente proibido esse tipo de venda. Ambientalistas temem que marfim ilegal esteja em meio a esses estoques.

 

Embora o Quênia não esteja na lista, Douglas-Hamilton disse que qualquer venda de marfim eleva a demanda global, já que os elefantes podem ser mortos no Quênia e suas presas podem serem contrabandeadas para um estoque de reserva estrangeiro.

 

Cerca de 23 mil elefantes vivem no Quênia, mas as populações podem ser devastadas pela caça clandestina em cerca de dois anos Uma pesquisa recente no Chade mostrou que a população de elefantes do país caiu de 3.800 para cerca de 600 nos últimos três anos.

 

"A seca é um dos grandes acontecimentos naturais", disse ele. "Ela atinge todos os animais - elefantes, pessoas e outros -, mas o comércio de marfim é muito mais sério e pode provocar mais danos se permanecer ser combate".

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