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Caatinga perde 16,57 mil km² por desmatamento em seis anos

Dos cerca de 825 mil quilômetros quadrados do bioma monitorados pelo Ibama, 45,39% não existem mais

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Por Redação
Atualização:

Levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgado nesta terça-feira, 2, apontou que, entre 2002 e 2008, a Caatinga teve 16.576 quilômetros quadrados desmatados, o que equivale a mais da metade da área do Estado de Alagoas.

 

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O total de caatinga desmatado saltou de 43,38% para 45,39% nesse período. A taxa anual média de desmatamento nos seis anos foi de 2.763 quilômetros quadrados. A área de Caatinga mapeada pelo Ibama é de 826.411,23 quilômetros quadrados.

 

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o número é muito alto. "Podemos dizer que equivale proporcionalmente à área desmatada na Amazônia se considerarmos que a Amazônia é cinco vezes maior que a Caatinga". "Não haverá solução para a defesa da Caatinga sem mudar a matriz energética, com o uso de energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas e do gás natural”, acrescento o ministro.

 

Os estados que mais desmataram foram a Bahia e o Ceará. Juntos, eles desmataram quase 9 mil quilômetros quadrados em seis anos. Da lista de dez municípios brasileiros que mais desmataram a caatinga nesses seis anos, quatro estão no Ceará (Acopiara, Tauá, Boa Viagem e Crateús), quatro na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Campo Formoso, Tucano e Mucugê) e dois de Pernambuco (Serra Talhada e São José do Belmonte).

 

Segundo o ministério, a emissão média anual de dióxido de carbono (CO2) durante esse período, devido ao desmatamento da caatinga, foi de 25 milhões de toneladas.

 

Minc destacou que o desmatamento da caatinga é pulverizado, o que significa que não se concentra em uma determinada área, o que torna mais difícil combatê-lo. Entre as principais causas do desmatamento da caatinga estão o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agrícola e pecuário.

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(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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