O Brasil reduziu suas emissões de CO2 em pelo menos 34% nos últimos cinco anos, depois acumular uma alta de 60% na década e meia encerrada em 2005. O País virtualmente já atingiu sua meta de 2020, disse o governo nesta terça-feira, a um mês da cúpula sobre mudança climática marcada para Cancún no México.
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Em meio à redução das esperanças de um pacto das Nações Unidas no México, o Brasil quer mostrar seus progressos e pressionar os demais países a fazer maior esforço.
"Estamos indo a Cancún de cabeça erguida", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia na qual lançou um fundo climático alimentado pela renda do petróleo.
O Brasil reduziu suas emissões de CO2 a 1,78 bilhão de toneladas de CO2 equivalente em 2009, queda de 33,6% frente a 2004. na reunião da ONU de Copenhague de 2009, o Brasil havia se comprometido a atingir a meta de 1,7 bilhão de toneladas em 2020.
A queda, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.
Mas com a economia crescendo a mais de 7% ao ano, o Brasil enfrentará desafios para reduzir, ou mesmo limitar, as emissões no futuro.
"Chegaremos a um ponto onde será difícil contar com o desflorestamento para obter mais reduções de carbono", disse o diretor-geral do Instituto nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara. O Inpe mede a destruição da floresta.
Autoridades dizem que o governo precisa agora concentrar-se em outras fontes de emissão.
"Precisamos controlar as emissões de gases do efeito estufa na energia, agricultura e indústria", afirmou Rezende.
(com Agência Brasil)