BP suspende 'top kill' para analisar dados; processo pode ser retomado

Nesta quinta-feira, cientistas descobriram uma enorme nova mancha de óleo sob o mar

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Por Redação
Atualização:

A empresa British Petroleum (BP) suspendeu o "top kill", ou bombeamento de lama para o interior do poço que jorra petróleo no Golfo do México, a fim de analisar os resultados da operação que tem por objetivo deter o vazamento. Este já é o maior derramento de petróleo no mar da história dos Estados Unidos. O bombeamento pode ser retomado ainda esta noite, disse o chefe de operações da empresa,  Doug Suttles.

 

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A BP havia começado a injetar lama no poço, escancarado a 1,5 km de profundidade, na noite de quarta-feira e parado m pouco mais tarde, para monitorar o trabalho e trazer mais 2,4 milhões de litros de material, disse Suttles, insistindo que nada deu errado com a operação até o momento.

 

"O fato de estar levando mais de 24 horas não é uma grande surpresa", disse ele. "Insistiremos nisso até termos sucesso ou determinarmos que não poderemos ter sucesso".

 

Ele disse que a equipe poderá disparar entulho, como bolas de golfe e pedaços de borracha, no poço, para preencher lacunas.

 

A tentativa de "top kill" é a mais recente de uma série de ações na busca de deter o vazamento.

 

Se o procedimento funcionar, a BP injetará cimento para lacrar o poço permanentemente. Um "top kill" nunca foi tentado a essa profundidade.

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O vazamento de petróleo no Golfo do México superou o desastre do petroleiro Exxon Valdez como o pior derramamento de óleo no mar da história dos Estados Unidos.

 

Uma equipe de cientistas está calculando quanto óleo já fluiu desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon em 20 de abril, que matou 11 pessoas e deixou o poço aberto no fundo do mar. As estimativas mais recentes dão conta de uma taxa de emissão até cinco vezes maior que a estimada originalmente.

 

Mesmo usando os números mais conservadores, isso significa um vazamento de 72 milhões de litros, superando o desastre do Exxon Valdez que, em 1989, derramou 42 milhões de litros no mar. No pior cenário, o vazamento no Golfo do México pode ter emitido  148 milhões de litros.

 

Nesta quinta-feira, cientistas descobriram uma enorme nova mancha de óleo sob o mar no Golfo do México, estendendo-se 35 km para o nordeste, rumo à costa do Alabama. A mancha principal move-se para Louisiana e Flórida. A descoberta é a segunda mancha significativa avistada desde o desastre da plataforma.

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