PUBLICIDADE

Barco de garrafas plásticas completa viagem de 4 meses pelo Oceano Pacífico

O Plastiki é uma embarcação 100% reciclável, feita com plásticos e outros materiais reutilizados

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

David de Rothschild é cumprimentado a bordo do catamarã de garrafas plásticas. Rick Rycroft/AP

 

PUBLICIDADE

Um veleiro feito principalmente de 12.500 garrafas plásticas recicladas completou um cruzeiro de quatro meses pelo Oceano Pacífico para conscientizar as pessoas do perigo das garrafas plásticas.

 

O Plastiki, um catamarã de 60 pés (18 metros), e sua tripulação de seis membros enfrentaram tempestades durante o percurso de 8.000 milhas náuticas. A embarcação deixou San Francisco em 20 de março e parou pelo caminho em várias nações insulares do Pacífico Sul, como Kiribati e Samoa. Ele atracou nesta segunda-feira, 26, no porto de Sydney.

 

"Esta é a parte mais difícil da jornada até agora - fazê-la entrar!", disse o líder da expedição, David de Rothschild, enquanto a tripulação lutava para manobrar o barco, do lado de fora do Museu Marítimo Nacional da Austrália.

 

De Rothschild, de 31 anos, disse que a ideia da viagem lhe ocorreu depois de ler um relatório das Nações Unidas dizendo que a poluição, principalmente o lixo plástico, representa uma ameaça aos oceanos.

 

Ele imaginou que um bom jeito de provar que o lixo pode ser reutilizado de modo eficaz seria construir um barco. O Plastiki é totalmente reciclável e extrai energia de painéis solares e moinhos de vento.

 

O barco é quase totalmente feito de garrafas, que são unidas por uma cola orgânica feita de cana-de-açúcar e castanhas, mas inclui outros materiais também. O mastro, por exemplo, é de alumínio, de um tubo de irrigação reciclado.

Publicidade

 

Durante a viagem de 128 dias, a tripulação viveu de numa cabine de 6 metros por 4,5 metros, tomou banho de água salgada e sobreviveu à base de uma dieta de alimentos enlatados e desidratados, com alguns vegetais do jardim de bordo.

 

Pelo caminho, enfrentaram grandes ondas, ventos de 70 km/h, temperaturas de até 38º C e velas rasgadas. A embarcação fez uma parada em Queensland na semana passada, para se proteger de uma tempestade.

 

A capitã Jo Royle enfrentou o desafio de ser a única mulher a bordo. "Definitivamente, estou ansiosa para uma taça de vinho e umas risadas com minhas amigas", disse ela. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.