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Austrália descarta ação legal pelo fim da caça às baleias

Kevin Rudd afirmou. no entanto, que seu governo manterá pressão diplomática sobre o Japão

Por Efe
Atualização:

O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, afirmou nesta quinta-feira, 22, que seu governo manterá a pressão diplomática sobre o Japão para que abandone a caça às baleias nas águas da Antártida, e descartou iniciar ações judiciais.   Veja também: Ambientalistas querem ação legal contra baleeiros japoneses   Rudd apontou que o Japão tem autorização da Comissão Baleeira Internacional para caçar baleias com fins científicos.   O governante respondia, com essa fala, à organização ambientalista australiana Sea Shepherd, que na quarta-feira, 21, propusera abandonar a perseguição aos baleeiros japoneses se a Austrália e a Nova Zelândia processassem o Japão.   Todos os anos, a Sea Shepherd assedia em alto mar os pesqueiros japoneses, quando eles iniciam seu habitual programa de captura de baleias para pesquisas científicas.   Rudd ressaltou que a Comissão Baleeira Internacional tem previsões de revisar a permissão de caça dada ao Japão em meados de 2009. "Estamos envolvidos em um processo diplomático para ver, com nossos amigos em Tóquio, se podemos encontrar uma forma de solucionar essa questão", disse Rudd.   Sea Shepherd quer que Camberra e Wellington usem, na justiça, um relatório publicado pelo Fundo Internacional de Bem-Estar dos Animais (IFAW), segundo o qual o direito internacional permite a esses governos impedir a caça de baleias.   O documento, elaborado por um grupo de juristas australianos, diz que o Tratado Antártico obriga a examinar o impacto ambiental de qualquer atividade que se realize em suas águas.   Os barcos utilizados pelo Japão, assegura o relatório, cumprem com as regras exigidas para a caça de baleias na zona subantártica, mas não nas águas da Antártida e, além disso, realizam operações muito perigosas, como a reposição de combustível em alto mar.

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