Alemanha diz que 'quebrou o gelo' de negociação climática

Ministro alemão afirmou que houve avanços nos planos de ajuda aos países pobres

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Por Redação
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Cerca de 40 países concordaram em adotar medidas individuais para combater o aquecimento global, mas fizeram pouco progresso, durante uma reunião de três dias na região de Bonn, na elaboração de um novo tratado global sobre a mudança climática.

 

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A Alemanha elogiou o chamado Diálogo de Petersberg, no entanto, por ter avançado nas conversações para a limitação das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa.

 

A reunião "quebrou o gelo" depois do que foi interpretado como o fracasso da conferência climática de dezembro de 2009, realizada em Copenhague, disse o ministro alemão do Meio Ambiente, Norbert Roettgen. "Esta é uma contribuição para que o sucesso volte a ser possível".

 

O chefe da ONU para as negociações climáticas, Yvo de Boer, declarou que a reunião mostrou "um desejo muito forte dos ministros para revigorar o processo" e pediu às autoridades que se mantenham envolvidas, em vez de delegar as negociações para especialistas.

 

A Alemanha copatrocinou a reunião com o México, que será o anfitrião de uma cúpula marcada para Cancún no fim deste ano. Antes disso, os países precisam resolver questões difíceis como o meio de redução das emissões de gases dos efeito estufa, e como o dinheiro que será oferecido em ajuda aos países pobres será administrado e gasto.

 

Os ministros reunidos em uma mansão de  Koenigswinter obtiveram avanços em vários pontos delicados, incluindo o resgate das florestas do planeta e a transferência de tecnologia limpa dos países ricos para os pobres, disse Roettgen, acrescentando que um acordo final sobre esses temas está ao alcance.

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Especificamente, os ministros discutiram projetos individuais que poderiam ajudar as nações ricas a reduzir emissões e as pobres a enfrentar os efeitos da mudança climática, como secas, enchentes e tempestades violentas.

 

Mas ambientalistas advertiram que as conversações continuam complicadas, com a divisão entre nações industrializadas e em desenvolvimento ainda causando desacordo.

 

"Fundamentalmente, a situação difícil que tivemos em Copenhague não mudou", disse o especialista do grupo Greenpeace Martin Kaiser.

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