Acordo do Clima de Copenhague recebe adesão discreta

Especialistas afirmam que metas de reduções de emissões são insuficientes para frear o aquecimento global

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Por Reuters
Atualização:

Os países responsáveis pela maioria das emissões mundiais de gases de efeito estufa reafirmaram suas promessas para o combate às mudanças climáticas ao cumprirem o prazo, no domingo, para a adesão ao "Acordo de Copenhague" de dezembro.

 

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Especialistas afirmam que as metas de reduções de emissões prometidas para até 2020 são muito pequenas até agora para atingirem o objetivo fundamental do acordo, de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus C.

 

O Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU planeja publicar uma lista de pedidos na segunda-feira. A medida pode exercer pressão sobre todas os países para manterem suas promessas. Todas as nações que representam ao menos dois terços das emissões --lideradas pela China, os Estados Unidos e a União Europeia-- se comprometeram.

 

Emissores menores, das Filipinas ao Mali, também enviaram promessas ou pediram para se associar ao acordo. O Secretariado afirmou que o prazo de 31 de janeiro pode ser estendido.

 

"A maioria (das promessas) dos países industrializados estão na categoria 'inadequada'", disse Niklas Hoehne, diretor de política energética e climática da consultoria Ecofys, que avalia o quanto compromissos nacionais vão ajudar no combate às mudanças climáticas.

 

"A dos Estados Unidos não é suficiente, a da União Europeia não é suficiente. Os principais países desenvolvidos ainda estão muito aquém do esperado, exceto o Japão e a Noruega", disse ele.

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Alguns países em desenvolvimento, como Brasil e México, estão fazendo um esforço relativamente maior, segundo o especialista.

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