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Acordo climático vazio seria pior que acordo nenhum--Casa Branca

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Por Redação
Atualização:

Um acordo climático da Organização das Nações Unidas (ONU) "vazio" seria pior do que nenhum acordo, disse a Casa Branca nesta quinta-feira, enquanto o presidente Barack Obama se preparava para viajar a Copenhague a fim de ajudar a fechar um pacto sobre o aquecimento global. Obama está apostando sua credibilidade em um pacto ainda evasivo que terá desdobramentos para ele, para o seu país e para o cenário mundial. Questionado se o presidente estava preocupado com voltar de mãos vazias de Copenhague pela segunda vez neste ano após não conseguir trazer as Olimpíadas de 2016 para Chicago, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que "voltar com um acordo vazio seria bem pior do que voltar de mãos vazias." Obama deve chegar à capital dinamarquesa na manhã de sexta-feira, unindo-se a cerca de outros 120 líderes mundiais para encerrar um complicado processo de chegar a um acordo político para reduzir as emissões de gases-estufa. O tempo é curto e os riscos, altos. Com o projeto de lei sobre a reforma da saúde tramitando por Washington, sua prioridade doméstica, o presidente planeja permanecer em Copenhague menos de um dia. Isso poderá ou não ser tempo suficiente para superar desacordos antigos entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento que vêm emperrando duas semanas de conversações, mas a presença e a contribuição de Obama poderiam ter um impacto positivo. Os Estados Unidos tentaram romper o impasse nas negociações na quinta-feira, com a secretária de Estado, Hillary Clinton, anunciando que Washington estava preparado para ajudar a mobilizar 100 bilhões de dólares por ano até 2020 para ajudar os países pobres a lidar com a mudança climática. Gibbs disse que os EUA ainda acreditam que um acordo em Copenhague é possível, apesar das disputas em torno das metas de emissões dos países desenvolvidos e dos desacordos sobre o apoio financeiro aos países pobres. Ele disse que qualquer acordo teria de incluir um mecanismo de transparência para garantir que os países cumprissem suas obrigações na redução de gases-estufa. Obama telefonou a outros líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta semana para discutir o processo antes de sua chegada. (Reportagem de Jeff Mason)

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