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Uma força para os polinizadores

Por Rodrigo Martins
Atualização:

A redução das populações de polinizadores - o que inclui abelhas, pássaros, borboletas, besouros, morcegos, roedores, entre outros - pode levar a perdas econômicas substanciais. Segundo um relatório da FAO (organização da ONU para a agricultura) publicado no ano passado, só nos últimos 50 anos 45% das espécies de abelha no mundo desapareceram.

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Como prestam o valioso serviço de auxiliar na reprodução das plantas, e isso inclui grande parte dos vegetais e frutas consumidos pelos humanos, a perda de populações de polinizadores é preocupante. Um estudo europeu, coordenado pelo Instituto Científico de Pesquisas Agronômicas da França (Inra) estima que o valor econômico dos serviços de polinização prestados por insetos é superior a 150 bilhões de euros, o equivalente a quase 10% do PIB agrícola mundial. O desaparecimento desses insetos levaria a perdas de até 310 bilhões de euros.

A questão é tão séria que, no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente está estimulando pesquisas sobre o tema, no âmbito de uma iniciativa da ONU. O projeto "Conservação e Manejo de Polinizadores para uma Agricultura Sustentável através de uma Abordagem Ecossistêmica" prevê uma parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para disponibilizar US$ 3 milhões nos próximos cinco anos em bolsas para pesquisas envolvendo polinizadores. Os recursos virão do GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente).

Na semana passada, foi realizada a primeira reunião de consulta nacional da Iniciativa Brasileira de Polinizadores (IBP, mais informações aqui) para lançar o projeto. O Brasil é um dos seis países emergentes que fazem parte do projeto da ONU. Culturas como a do maracujá já se ressentem da perda de polinizadores naturais, como as mamangavas.

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