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Rali de carros elétricos faz alerta por aquecimento até 1,5°C

Um rali de carros elétricos na Europa promoveu nesta semana uma campanha para que o aumento da temperatura do planeta até o final deste século não passe de 1,5°C. De Bremerhaven, no norte da Alemanha, a Genebra, na Suíça, 75 equipes de 13 países percorreram 1.300 km em dois dias transmitindo a mensagem de que é possível zerar as emissões de gases de efeito estufa a fim de segurar o aquecimento global.

Por Giovana Girardi
Atualização:
Carros elétricos são alinhados para lembrar meta de 1,5°C. Divulgação/ONU Foto: Estadão

O "protesto" culminou nesta sexta-feira na Praças da Nações, em frente ao prédio da Organização das Nações Unidas. Os carros foram alinhados no formato de 1,5C, em referência à meta de aumento da temperatura que se imagina que trará menos consequências para as populações, em especial as dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, como os países ilha.

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Entre os carros que formaram os números 1 e 5, foi colocado um cubo preto representando a quantidade de carbono que teria sido emitida por cada carro durante os dois dias do rali se eles não fossem elétricos.

Este valor foi incluído no Acordo de Paris, fechado no ano passado na Conferência do Clima da ONU e que colocou o mundo no trilho do combate às mudanças climáticas. Os países concordaram em reduzir suas emissões a fim de manter a temperatura bem abaixo de 2°C até o final do século, com esforços para que fique em 1,5°C acima da temperatura média que ocorria no planeta antes da Revolução Industrial.

Louis Palmer, fundador da World Advanced Vehicle Expedition (WAVE) e um "campeão da Terra" - premiação do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) -, afirmou, em comunicado à imprensa, que o rali é como uma ondulação que integra uma maré que está transformando a indústria automobilística do mundo. "Não há nenhuma razão para que todos os carros já não sejam elétricos, com zero emissões e abastecidos com energias renováveis", disse.

O alerta desta sexta foi feito um dia depois de a Nasa divulgar que o mês passado foi o maio mais quente desde que as medições começaram a ser feitas. A temperatura média global foi 0,93°C superior à média registrada entre 1951 e 1980.

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Foi o oitavo mês seguido a quebrar recordes de temperatura, o que indica que 2016 provavelmente será o ano mais quente desde 1880, superando o ano de 2015, que ocupava esse posto. Este, por sua vez, já tinha superado 2014. Se a tendência se confirmar, será a primeira vez que o recorde terá sido quebrado em três anos consecutivos, reforçando os sinais de que o planeta está aquecendo rapidamente.

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